sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Currículo nas Escolas



           Analisar o contexto educacional e curricular nos remete a influência e a origem do currículo nas escolas. O “saber fazer”, e as definições do termo currículo, compreender como algo de um processo social, seleção de conhecimentos, atitudes, valores, modos de vida é da cultura social e individual. As múltiplas mediações tanto no aspecto da vida social e na subjetiva refletem as formas ideológicas dominantes na cultura de uma sociedade que poderá ser compreendida como um processo onde todos e todo conjunto social seleciona, classifica, distribui e avalia saberes adquiridos em uma cultura e de uma determinada compreensão de mundo, do mundo, de homem e do homem. O currículo escolar é um social que observa, distingue e reconstrói o que o alunado aprendeu ou deixou de aprender, pois, currículo é o elemento de transmissão do conhecimento em várias práticas que o meio social e escolar proporciona ao atender as necessidades de articular os conteúdos de modo facilitador ao aluno.
Fazendo as diferenciações entre atividades curriculares e extracurriculares percebe-se que o currículo faz as instituições funcionarem dando acesso à cultura traduzindo em saber escolar e de vida. Para que os educandos desenvolvam a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio de atividade reflexiva é necessário à ação de que a escola desempenhe o seu papel de mediador entre os educandos e os saberes, assimilando conhecimento, considerando a forma como conteúdos/conceitos devem ser tratados e as aspirações e interesses a identificar contribuindo, assim, para o desenvolvimento intelectual, raciocínio, criatividade, intuição, análise crítica e a constituição de esquemas lógicos de referência para interpretar fatos e fenômenos da sociedade.

[...] A inovação curricular não consiste apenas em mudar ou tentar mudar, o que se ensina e se aprende na escola. Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina e como se aprende. Na verdade, hoje sabemos que ambos os aspectos são indissociáveis. O que finalmente os alunos aprendem na escola depende em boa medida de como o aprendem; e o que finalmente nós professores conseguimos ensinar aos nossos alunos é indissociáveis de como lhe ensinamos (COLL SALVADOR, 1999, p.30). 

            Na construção social, a momentos históricos e por meio de relações de uma determinada sociedade é que se estabelece o conhecimento, pois, aprender exige uma organização, planejada, pensada, ou seja, não acontece de qualquer jeito. Segundo Moreira (1999), o currículo constitui- se em um significativo instrumento, utilizado por diferentes sociedades, que para desenvolver os processos de transformação, conservação e renovação dos conhecimentos historicamente acumulados, para assim, socializar as crianças e os jovens segundo valores tidos como desejáveis. Currículo são projeto e prática, conjunto de escolhas, seleção de cultura e possibilidades onde o educador é o mediador de um projeto-politico-cultural. Fazendo a distinção de quanto o alunado aprendeu ou deixou de aprender. Os níveis curriculares vêm equilibrando os interesses e as forças que atuam no sistema educativo. O nível formal estabelecida pelos sistemas de ensino, institucionalmente trazendo conjuntos de diretrizes estabelecidos pelos pcns com objetivos e conteúdos das disciplinas de estudo, que acontece já no nível real, que a cada dia professores e alunos decorrem de projetos e planos pedagógicos de ensino, onde a vivencia da sala de aula é desempenhada de acordo com o desejo de saber aprender e aprender o saber, levando em conta toda a problematização que afetam a comunidade escola tanto no aspecto aprendizagem quanto na realização dos trabalhos dos mediadores, valorizando e respeitando o que se aprende no convívio social e escolar.                                                                                         
            O mediador deve ser incluído, junto com o aluno na discussão sobre o currículo, pois, cabe a ele tarefa especifica, construindo no educando uma relação de curiosidade e indagação com o saber, consolidando as formas de atividades que leva o desenvolvimento do aluno, possibilitando a formação de novas categorias de pensamentos e de novos conceitos.
Currículo não é apenas aplicabilidade do conhecimento formal, traz outras dimensões ao desenvolvimento humano orientado para a inclusão de todos ao acesso dos bens culturais, ao conhecimento e da diversidade que existe nas escolas. Os currículos iniciais nas escolas tinham como eixo central a escrita, a matemática e as artes, hoje o currículo é o instrumento por excelência desta socialização, é o desenvolvimento humano que é além dos conteúdos, faz parte dos processos biológicos e cultural da humanidade.
A inserção da diversidade nos currículos implica compreender as causas politicas, econômicas e sociais de fenômenos como etnocentrismo, racismo, sexíssimo, homofobia e xenofobia, é incorporar os livros didáticos, no plano de aula, nos projetos pedagógicos das escolas articulados com os saberes produzidos pelos movimentos sociais e pela comunidade. Associando, assim, ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com as intenções educativas, utilizada para indicar efeitos alcançados na escola que não estão explícitos nos planos e propostas pedagógicas.
O currículo oculto envolve atitudes e valores transmitidos pelas relações sociais. É o espaço central em que atuamos, e na construção dos currículos o papel do educador é fundamental por sua elaboração, podendo e devendo recorrer aos documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Propostas Curriculares Estaduais e Municipais para encontrarmos os subsídios fundamentais para o nosso trabalho que requer a seleção de conhecimentos relevantes, que incentivam mudanças individuais e sociais representando, assim, um dispositivo de grande efeito no processo de construção da identidade do (a) estudante ativando, em meio às tensões, a criação, contestação e transgressão, (Moreira e Silva, 1994).                                                                                    A educação escolar tem intenções múltiplas que visa atingir determinados objetivos e educacionais. Uma das atividades que ocorre dentro de um processo pedagógico que implica ser de um acompanhamento, apreciação com vistas a planejar ações com o objetivo de reorienta-lo é a avaliação. Portanto, as intenções e usos da avaliação estão influenciados pelas concepções de educação relacionada à aprendizagem e o entendimento da função que a educação escolar deve ter na sociedade.
Avaliação não deve ser o de classificar e selecionar os estudantes, e sim, de auxiliar professores e estudantes a compreender de forma organizada seus processos de ensino-aprendizagem e a avaliação que era reduzida à medição de competências e habilidades de um estudante.
Consequentemente, o currículo é o polo estruturante de nosso trabalho. É inseparável da organização escolar e curricular, estruturando as insatisfações a novas sensibilidades para as identidades docentes repensando as nossas práticas, considerando que os alunos não são uma produção escolar, nem se quer dos currículos, da docência e da administração. Mas sim, chegam às escolas carregando imagens sociais de classe, raça, etnia, gênero e território, construindo um olhar critico, além de garantir o direito de aprendê-la a utilizar os instrumentos e tecnologias. A pedagogia critica dos conteúdos contribui para enriquecer os currículos com saberes sobre a cidadania.








































                                                            REFERÊNCIAS:



  [Lima, Elvira Souza]                                                                                                           
Indagações sobre currículo: currículo e desenvolvimento humano /   [Elvira Souza Lima];    
[Gonzáles Arroyo, Miguel]                                                                                            
Indagações sobre currículo: educandos e educadores: seus direitos e o currículo / [Miguel Gonzáles Arroyo]; 
[Moreira, Antônio Flávio Barbosa]                    
Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura / [Antônio Flávio Barbosa Moreira, Vera Maria Candau];
 [Gomes, Nilma Lino]                                                        
Indagações sobre currículo: diversidade e currículo / [Nilma Lino Gomes];
 [Fernandes, Cláudia de Oliveira]                                                                              

 Indagações sobre currículo: currículo e avaliação / [Cláudia de Oliveira Fernandes, Luiz Carlos de Freitas]; organização do documento Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.                                                                                             1. Ensino Fundamental – Brasil. 2. Educação Básica. 3. Currículo. 4. Formação Humana. 5. Conhecimento. I. Beauchamp, Jeanete. II. Pagel, Sandra Denise. III. Nascimento, Aricélia Ribeiro do. IV. Brasil. Secretaria de Educação Básica. V. Título
  56p.                                                                                                                                   
  52p.                                                                                                                                    
  48p.                                                                                                                                     
  44p. : il.



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